quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Por que as pessoas odeiam a idéia de Deus?

Como é possível dizer que as pessoas odeiam a idéia de Deus se a grande maioria da população mundial diz acreditar em algum tipo de divindade, mundo espiritual e transcendência? Os ateus são uma minoria e isso é prova de que a idéia de Deus não é rejeitada pela maioria. Mas as estatíscas não podem revelar idéias, motivações e intenções. Quando eu digo que as pessoas odeiam a idéia de Deus, é porque elas odeiam a idéia de um ser absoluto. A idéia de divindade e transcendência que existe por aí, não está ligada a um ser absoluto, mas a um ser poderoso (no máximo). Isso é aceitável, ainda mais se esse ser poderoso é manipulável de alguma forma. É fácil aceitar essa idéia, porque um ser poderoso não estabelece absolutos, e deixa espaço para que as pessoas possam continuar fazendo suas próprias decisões, guiando suas próprias vidas, ou seja, elas mesmas estabelecendo os seus próprios absolutos. Mas, crer em Deus (por definição um ser absoluto), isso não é agradável e se torna odiável. As pessoas odeiam a idéia de que outro ser possa estabelecer os absolutos de sua própria vida; as pessoas odeiam a idéia de terem que prestar contas sobre tudo e a todo tempo; as pessoas odeiam serem dependentes de outro ser; as pessoas odeiam aquilo que é eterno enquanto elas mesmas são finitas; as pessoas odeiam quem é superior a elas mesmas; por fim, as pessoas odeiam a Deus, pois isso implicaria em reconhecer que elas mesmas não são deuses de suas próprias vidas.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

sofrimento mais uma vez

Quando você acha que o sofrimento está um pouco longe de sua realidade, ele surge como nunca antes e te faz lembrar que não há meios de se escapar dele. Não falo de sofrimentos rotineiros como dores no corpo, um desejo não realizado ou algo assim, mas de sofrimento de verdade, daqueles que te colocam com a cara no chão e o coração na boca.

Não é fácil lidar com o sofrimento e mais difícil ainda é explicá-lo. Normalmente as pessoas questionam a bondade e o amor de Deus diante do sofrimento. Em outros momentos questionam Sua sabedoria e soberania. Mas, esses questionamentos sobre Deus diante da dor da morte e das tragédias (sofrimentos de verdade) têm um ponto de partida errado. Nesses questionamentos, a pessoa se isola como um ser intocável que está acima do bem e do mal.

Diante do sofrimento nós não podemos nos colocar numa posição em que nós não estamos. Enquanto nós perguntamos se merecemos o sofrimento, deveríamos estar perguntando se merecemos alguma coisa que não seja o sofrimento. Não podemos questionar a bondade de Deus por causa da existência do sofrimento nas nossas vidas, mas deveríamos perguntar porque recebemos coisas boas de Deus se nós mesmos somos pessoas cheias de erros e falhas. Mais do que isso, deveríamos perguntar porque Deus escolheu sofrer amargamente numa cruz para que eu e você pudêssemos desfrutar de algo bom.

Enquanto todas as coisas vão bem, Deus não é lembrado, mas quando a dor nos toca, o amor dEle é questionado. Isso mostra que o nosso ponto de partida é o nosso umbigo, tudo se questiona a partir de nós e esse é erro. A pergunta certa é: por que Deus decidiu sofrer pra que alguma coisa boa nos aconteça?

sexta-feira, 7 de maio de 2010

o que é o cristão?


Um ser que é ambulante, mas calma, não precisa se assustar,
Não me refiro àquele que se via como uma metamorfose
Andando inconstante, ora uma coisa, ora outra, sempre a atuar

Paradoxo ambulante, talvez isso pode melhor nos caracterizar,
Pois nós também temos dificuldades para nos entendermos,
Mas apesar do andar inconstante, nós nunca estamos a atuar

Não poderia ser diferente, pois o cristão, sendo pequeno Cristo
Assemelha-se ao que ora é chamado de leão e ora de cordeiro
Se você acha isso muito estranho, veja que não há incoerência nisto

A fé cristã começa com um Rei na cruz perdendo sua vida
Mas a fé prossegue, pois a morte foi substituída pela ressurreição
O que começa crendo numa morte, confia que ela será banida

Assim o cristão sabe que a vida que vive não é passageira
A eternidade já está em seu sangue e corre em suas veias
Mas aqui ele ainda está sujeito ao tempo dessa canseira

Então agora eu entendo o que disse João, o apóstolo do amor
O cristão vai vivendo neste mundo, mas não pertence a ele
Experimenta outra dimensão, ainda que não saboreie todo seu dulçor

Porém há uma grande esperança de que logo virá o dia da glória
Não é uma mera fábula a fim de amenizar a dor e o sofrimento
É uma fé verdadeira, crendo na realidade de nossa suprema vitória

E agora? Então a vida é só uma mera espera do que está por vir?
Claro que não, pois todo esse paradoxo um dia acabará
E tudo será redimido quando todas as coisas em Cristo convergir

terça-feira, 27 de abril de 2010

dizimando

Quem dá o dízimo na igreja e sai gastando o outro montante ao seu bel prazer sem considerar as necessidades das outras pessoas, está verdadeiramente roubando a Deus e dizimando a justiça que foi estabelecida por Ele. Por isso, quem faz isso pode muito bem se chamar de dizimista da justiça.

terça-feira, 6 de abril de 2010

Deus é amor, e daí?




Deus é amor é uma frase admirada por muitos, mas que transforma a vida de poucos. A frase que delineia a teologia e os escritos do apóstolo João se tornou um slogan da espiritualidade de diversas religiões pelo mundo. Mas é necessário refletir sobre o que ele diz a respeito dessa frase para ir um pouco mais fundo do que um mero slogan superficial que acaba se igualando, em resultados, a qualquer slogan comercial que se vê na TV.


A característica do amor, de acordo com o apóstolo, é a ação em benefício de uma outra pessoa. Porém, essa ação nunca pode se limitar de acordo com as preferências da pessoa age em amor. Pelo contrário, a ação amorosa influencia todas as esferas da pessoa que ama. Outra característica do amor é a ausência de medo em sua motivação. Uma vez que o amor se revela em ação, é possível que uma ação tenha aparência de ação amorosa, mas na verdade é não é motivada pelo amor, mas sim pelo medo. O verdadeiro amor age pelo amor e não pelo medo.


João apresenta três esferas de ação do amor. Deus nos ama, nós amamos a Deus e nós amamos uns aos outros. Essa é a ordem que o amor segue, pois o amor começa e Deus e nosso amor por Ele e pelos outros é uma mera reação ao que recebemos. Em todas essas esferas o amor é caracterizado pela ação. O amor de Deus por nós está em ter dado o Seu Filho para morrer por nós, nosso amor por Deus está em vivermos para Ele em obediência aos Seus mandamentos e nosso amor pelos outros está em desejarmos e fazermos o bem para elas.


Que sociedade teríamos se ao invés de ficarem dizendo que Deus é amor, as pessoas entendessem as implicações que essa verdade tem e vivessem de acordo com elas.

domingo, 14 de março de 2010

para os que lutam

Se você já se sentiu frustrado na luta contra o pecado e não entende porque, mesmo desejando viver em santindade, ainda se vê vencido por um pecado aqui e outro ali. Então, provavelmente você já se perguntou o que João diz quando fala que aquele que permanece em Jesus não peca (1 João 3:6).

João está olhando para o momento do fim, o dia em que Jesus voltar e, por isso, ele pensa naquilo que nós somos e naquilo que nós seremos. Temos o grande privilégio de sermos filhos de Deus, mas chegará o tempo em que seremos como o Filho de Deus. Por isso, a vida que vivemos aqui como filhos de Deus ainda é parcial, mesmo que seja verdadeira. mas virá o tempo em que essa parcialidade se tornará em plenitude. Por isso, nós somos e seremos pessoas que se purificam porque Ele é puro; somos e seremos pessoas que não se rebelam contra a vontade de Deus expressada na Bíblia; somos e seremos pessoas que praticam a justiça. Tudo isso porque temos o princípio de vida que Deus mesmo colocou em nós, pois nascemos de novo pelo Seu poder. E, como Jesus veio para lutar contra o pecado e vencê-lo, somos e seremos pessoas que vivem a favor dEle nessa luta, não agindo como se fôssemos do lado do inimigo, pois é ele quem peca desde o início. Nós somos e seremos pessoas que não podem sequer pensar que exista a possibilidade de pecar.

Somos pessoas que ainda lutam contra aquilo que parece invencível. Mas, vivemos com a esperança do dia em que seremos pessoas livres do pecado; livres daquilo que ofende o grande amor de Deus por nós ao ponto de nos chamar de filhos; seremos pessoas livres daquilo que ofende o nosso Pai.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

servo sofredor


Antes que houvesse luz no sol
Ou brilho nas estrelas do universo
Já estava preparado Um escolhido
Aquele que cumpriria um voto ao Senhor

Jesus Cristo, o Servo Sofredor

Não havia nEle pecado algum
Um simples olhar revela Sua perfeição
O justo pelos injustos
Sua obediência O levou a tanta dor

Jesus Cristo, o Servo Sofredor

Não veio para nos julgar
Não veio para nos destruir
Em aflição tomou pra Si toda punição
Jesus, O servo Sofredor é a nossa salvação

Pra que os homens em rebelião
Pudessem ficar diante de Deus
Ofereceu Suas próprias costas
Ao chicote, instrumento de horror

Jesus Cristo, o Servo Sofredor

Pra que os homens em rebelião
Pudessem olhar para Deus
Ofereceu Seu próprio rosto
Aos cuspes do malfeitor

Jesus Cristo, o Servo Sofredor